“Os educadores devem, sem mais
tardar, tomar consciência e realizar esforço para o rejuvenescimento que se
impõe, rejeitar os chapelões e as saias pregueadas de uma época que ficou para
trás, pôr-se ousadamente à escuta da nova vida, adaptar-se a essa vida, a seu
espírito, a suas técnicas, a suas obrigações; parar de desdenhar o futuro
perigoso à vida ascendente; atualizar-se.
A escola tem que se modernizar. A
escola tem de reencontrar a vida, mobilizá-la, dar lhe um objetivo. E, para
isto, deve abandonar as velhas práticas, mesmo que elas tenham tido a sua
majestade, e adaptar-se ao mundo do presente e do futuro. É necessário, sobretudo,
que os pais e os educadores tomem consciência do fato evidente de que a vida
mudou, as necessidades das crianças e do meio já não são as mesmas, e que, em
virtude disto, as respostas de ontem já não são forçosamente válidas e é
necessário a todo custo reconsiderar os problemas. Nós somos educadores que tentamos
dentro de nossas próprias aulas, fazer passar para a prática, as ideias e os
sonhos teóricos.
Temos de fazer nascer o futuro no
seio do presente e do passado, o que implica não um espetacular apelo à
novidade, mas prudência, método e uma grande humanidade.”
Freinet
* Extraído das Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação da Infância
Mogi das Cruzes - 2007